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A Grande Mãe

 

Um dia, um momento, uma vida desequilibrada.

Estava interpretando o Mapa de uma mulher com o número 9, e que, no decorrer da vida, seria por um longo período triplicidade de 9.

Logo o 9.

Quem o tem, ou quem o conhece pela Numerologia, sabe da dificuldade que temos de lidar com o povo de 9.

São geralmente indisciplinados (não se enquadram perfeitamente nas regras interpretativas da Numerologia).

Oscilam demais nos dois planos – físico e espiritual. Emocional e racional. É uma loucura o povo de 9.

 

Passei o Mapa todo falando para a pessoa da importância do auxílio, da doação e da espiritualidade em sua vida. Repeti incansavelmente esses aspectos. Já não aguentava mais me ouvir falar a mesma coisa várias vezes. Também, o Mapa da mulher saía do 9, encontrava o 9 e terminava no 9.

Eu tinha mais é que repetir a importância da ajuda, do amparo, da assistência e da prática espiritual em sua vida.

Depois da cansativa uma hora e meia de interpretação desses noves, eu me encontrava exausto de tanto falar do 9. Quando terminei, a mulher disse-me sem rodeios:

 

– Olha, meu querido – quanta ironia senti em suas palavras – você deve estar brincando comigo. Chefio uma equipe de quase 200 pessoas. Sou implacável e determinada.

Não existe meio-termo. Vivo demitindo funcionários. Sou durona.

Não me preocupo com a vida particular das pessoas. Quero produtividade.

Sou implacável. Não ajudo ninguém, a não ser que essa pessoa tenha me dado alguma coisa.

Exijo muito. Demito funcionário doente. Retiro comissão dos funcionários com o objetivo de gerar raiva. Na revolta, a pessoa vende mais.

Incito ao desentendimento os coordenadores, para que, guerreando entre eles, as vendas aumentem.

 

Estou me lixando com o fator humano.

Quero reconhecimento e dinheiro, o resto não importa.

O que você me diz?

 

Eu, nessa altura, estava zonzo.

Essa mulher acabou comigo.

Mas me deu a deixa de que eu precisava quando me perguntou:

– O que você me diz?

 

Respondi:

– Senhora 9, quanta estupidez.

Você nasceu para ser a grande mãe. Pelos seus braços estava previsto que passassem todos os filhos do mundo.

Todos aqueles que, no futuro, teriam reconhecimento por sua ajuda e seu amparo.

Eles aclamariam pelos quatro cantos do mundo.

Seriam seus aliados.

Defendê-la-iam da injustiça e da dor.

Eles a protegeriam, como um filho protege instintivamente a mãe.

 

E o que você tem?

Um exército revoltado. Um exército querendo acabar com você.

Seu caminho é marcado pela destruição.

Que escolha infeliz você fez.

Todo o reconhecimento que você conquistou é negativo.

 

Haverá um dia em que você conquistará positivamente?

Você nasceu para ser uma grande mãe, e optou por ser a grande madrasta.

 

Recebi pelo meu trabalho.

Encarei-a longamente nos olhos.

E fui embora.

 

Nota do Autor:

Soube posteriormente que a grande madrasta demitiu funcionário portador do HIV(AIDS). Nesse ano a Lei Brasileira não havia ainda fixado normas a esse respeito.

Orientado, o funcionário entrou com processo judicial em 1997 que se arrastou por cinco anos, porém com ganho total de causa em 2002.

Entretanto, ele faleceu em 1999.

A empresa pagou os valores do processo a família e a grande madrasta foi demitida.

No ano de 1999 a grande madrasta teve seu companheiro preso e condenado a 15 anos de reclusão por porte de drogas e seu filho adolescente suicidou-se.

 

É considerável ingenuidade acreditar que ao prejudicar uma pessoa a vida que é comandada pela Divindade não irá responder.

Se você ainda não sabe, ou se sabe e não acredita, consideramos importante mencionar 3 conceitos da Numerologia Pitagórica:

 

- Toda ação humana produzirá retorno na vida de quem agiu.

- Tudo que acontecer na vida duma pessoa, após os seus 14 anos, é 100% responsabilidade dela.

- Errar é humano, não consertar o erro é duplamente desumano.

Por que prejudica quem foi atingido pelo seu erro e prejudica você.

 

Autor: Roberto Numerólogo

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