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A Magia Humana

 

Há muitos anos, mas há muitos anos, existiu um rei chamado Arthur e uma fada de nome Morgana.

E, ao lado deles um bando de gente bela.

Naquela época o povo acreditava em magia, respeitava a Natureza e todas expressões terrestres da Divindade.

Realizavam grandes rituais públicos e coletivos para saudar e reverenciar os seus deuses.

A tênue passagem que dividia o mundo real do da espiritualidade estava aberta.

 

Era comum as pessoas se encontrarem ora no mundo físico, ora no mundo encantado das fadas, as patrocinadoras dos sonhos e desejos humanos.

As ondinas eram vistas banhando-se nas águas límpidas dos rios e mares.

As florestas eram como um grande presépio ao vivo, repletas de duendes e gnomos andando apresados pra lá e pra cá na tarefa de manter o equilíbrio entre o reino vegetal e mineral.

Nos rituais de fogo ao ar livre, podia-se presenciar e admirar o dançar revolto e encantador das salamandras.

Na atmosfera pura e cristalina via-se bando de silfos de mãos dadas flutuando em harmonia nas camadas de ar.

 

Dessa forma, esse povo adorava seus deuses e deusas e deles conseguia o equilíbrio dos dois planos humanos;

o da posse e o da sabedoria.

 

Mas, uma nova ordem deveria ser implantada no mundo.

Para a raça humana estava prevista a ampliação e a multiplicação.

Não haveria condições de manter-se esse equilíbrio perfeito entre o Homem e a Divindade, através das expressões naturais e sensitivas.

 

Para isso, foi preciso criar-se uma nova ordem religiosa.

Mais racional e adequada às futuras necessidades do novo ser humano.

Com isso, acabou-se com a beleza da expressão religiosa e mística.

Dando lugar a uma nova religiosidade racional e fria.

Patrocinado por um Deus dito justo, porém, inquisidor.

Dito Deus do amor, mas que cobra e culpa a todo instante.

 

Nesse momento histórico, a raça humana foi obrigada, pelo sistema político vigente na época, a abandonar a sua religiosidade natural para absorver esses novos conceitos.

A humanidade no desenrolar dos tempos, conseguiu adquirir a racionalidade imposta pela nova ordem religiosa, e com ela a frieza e também o distanciamento da sua verdadeira essência.

 

Hoje, passados mais de dois mil anos, percebemos que chegou o momento de uma nova mudança, ou melhor de uma adequação.

Na verdade, não necessitamos de uma nova ordem religiosa, e sim, e apenas resgatar as expressões que permaneceram adormecidas durante mais de vinte séculos de nossa existência cósmica.

 

A raça humana, no terceiro milênio, começa a sentir a necessidade de entender-se, de compreender o mundo e seu semelhante de maneira mais ampla e precisa.

Essa necessidade de compreensão já não é mais satisfeita nas religiosidades convencionais, que coloca o ser humano em moldes iguais com dimensões homogêneas; desconsiderando assim, a individualidade de cada elemento cósmico.

 

É por essas razões que as ciências esotéricas e alternativas estão se propagando aos quatro cantos do Universo.

Não dando chance alguma do ser humano viver o novo milênio sem o autoconhecimento e o autocontrole.

 

Com esse conceito nasceu no ano de 2016 a Nova Corrente da Numerologia Pitagórica com o principal objetivo de informar e orientar o ser humano sobre a sua vida pessoal e a sua atuação em sociedade conforme o conteúdo da Numerologia Pitagórica.

 

Desejamos que a raça humana absorva definitivamente os conceitos e a prática dos recursos esotéricos e alternativos, como instrumento de orientação nas incontáveis dificuldades humanas.

O que mais desejamos na verdade, é que a tênue passagem seja novamente aberta.

Pois não foi a divindade que fechou esse caminho.

Foi sim, o ser humano que perdeu a sensibilidade de encontrá-lo.

 

O terceiro milênio, que viveremos até o ano de 2999, solicita que o ser humano se desloque da sua necessidade incontrolável de querer ter conquistas materiais e se movimente em direção a descobertas significativas.

Que encontre caminhos de satisfação interior.

De alegria.

E consiga enxergar a beleza que é estar vivo.

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